E eu sinto falta do seu rosto.
E agora eu corro cego, como se o Sol estivesse em meus olhos.
Não consigo explicar.
Noite passada eu vi o fogo das palavras.
Aquele tipo de dor que nunca dói.
Aquele que você odeia amar, foi feito pra você.
E é mais uma insuspeita tarde de domingo.
sábado, 29 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
O "material".
“O que eu vou dizer?”
“Que cara eu vou mostrar?”
“Será que vão me pôr pra correr de lá?”
Essas foram as inseguras frases que me corriam o cérebro quando decidi mostrar minhas inventivas histórias ao editor-chefe do jornal local.
É bem verdade que adoro escrever.
O gosto pelos contos, pela dimensão onde a vida é livre (e a caneta ainda mais) me acompanha desde muito cedo.
É certo também o sucesso (às favas com a modéstia!) que minhas idéias fazem no grupinho de amigos e até no de “conhecidos por meia hora” que cruzo pelo caminho.
“Ora bolas! Mas se as pessoas (que não são seus parentes ou que te devem dinheiro) gostam dos textos, qual o problema, Senhor Escritor?” – indagam meus fiéis leitores.
Como sempre, estou pronto para redargüir: O problema, estimado leitor, é que sou humanóide! E como tal, tendo a tornar tarefas simples em incumbências desesperadoras, durante as quais perco o apetite, o sono e até as chaves de casa.
E que atire a primeira barra de chocolate (bem melhor do que pedras, não?) aquele que nunca passou por uma situação dessas!
Enfim... Passados os meus momentos iniciais de tensão (amparados por uns dois litros de chá de camomila), eis que a interrogação imensa paira em minha – já dolorida – cabeça: sobre o que discorrer?
Sim, porque pra quem já teve a capacidade (leia falta do que fazer) de expor seus pensamentos sobre os assuntos mais improváveis e distintos possíveis, escolher um tema não é de todo fácil.
Vocês gostam de exemplos, não?
Pois não me faltam: o Senhor Desocupado de Plantão já emprestou sua distinta elocução à temas como ‘A importância do bocal d’uma Bic em dia de prova’, ou ao poético ‘Os sentimentos de uma cadeira’, e quem sabe ainda ao aclamado ‘A vida não é um filme da Sessão da Tarde, garota!’.
Mas não conto apenas contos “inúteis”.
Aos leitores adeptos do intelectualismo, abro o leque de opções que abrangem minhas apreciações perspicazes acerca de assuntos pouco mais contemporâneos, tais quais a economia, política, sociedade e afins.
Bem, agora que provei (provei?) que consigo (e gosto!) de escrever sobre tudo que se passa em minha inquieta mente, o leitor há de compreender minha posição dúbia.
(15 minutos depois...)
Sabe do quê mais?
Agora me dou conta que não preciso mais escolher um tema!
O tema é a própria falta dele, entendem?
Eis que ao me permitir passear pelas muitas vertentes que a imaginação me presenteia, percebi a quantidade (e qualidade – às favas com a modéstia parte II ) das palavras que amarrei nesse desabafo.
Ah... Sinto-me satisfeito!
Engraçada essa manifestação cerebral que expus... Prova cabal de que até mesmo quando não sei escolher o que dizer, há o que ser dito!
Coitadinha da minha mãe... Agora que já acabei o que nem sabia que tinha iniciado e descobri essa aptidão de não fechar a matraca nem por poucos minutos, ela vai dormir com os ouvidos transbordando as minhas idéias.
“Que cara eu vou mostrar?”
“Será que vão me pôr pra correr de lá?”
Essas foram as inseguras frases que me corriam o cérebro quando decidi mostrar minhas inventivas histórias ao editor-chefe do jornal local.
É bem verdade que adoro escrever.
O gosto pelos contos, pela dimensão onde a vida é livre (e a caneta ainda mais) me acompanha desde muito cedo.
É certo também o sucesso (às favas com a modéstia!) que minhas idéias fazem no grupinho de amigos e até no de “conhecidos por meia hora” que cruzo pelo caminho.
“Ora bolas! Mas se as pessoas (que não são seus parentes ou que te devem dinheiro) gostam dos textos, qual o problema, Senhor Escritor?” – indagam meus fiéis leitores.
Como sempre, estou pronto para redargüir: O problema, estimado leitor, é que sou humanóide! E como tal, tendo a tornar tarefas simples em incumbências desesperadoras, durante as quais perco o apetite, o sono e até as chaves de casa.
E que atire a primeira barra de chocolate (bem melhor do que pedras, não?) aquele que nunca passou por uma situação dessas!
Enfim... Passados os meus momentos iniciais de tensão (amparados por uns dois litros de chá de camomila), eis que a interrogação imensa paira em minha – já dolorida – cabeça: sobre o que discorrer?
Sim, porque pra quem já teve a capacidade (leia falta do que fazer) de expor seus pensamentos sobre os assuntos mais improváveis e distintos possíveis, escolher um tema não é de todo fácil.
Vocês gostam de exemplos, não?
Pois não me faltam: o Senhor Desocupado de Plantão já emprestou sua distinta elocução à temas como ‘A importância do bocal d’uma Bic em dia de prova’, ou ao poético ‘Os sentimentos de uma cadeira’, e quem sabe ainda ao aclamado ‘A vida não é um filme da Sessão da Tarde, garota!’.
Mas não conto apenas contos “inúteis”.
Aos leitores adeptos do intelectualismo, abro o leque de opções que abrangem minhas apreciações perspicazes acerca de assuntos pouco mais contemporâneos, tais quais a economia, política, sociedade e afins.
Bem, agora que provei (provei?) que consigo (e gosto!) de escrever sobre tudo que se passa em minha inquieta mente, o leitor há de compreender minha posição dúbia.
(15 minutos depois...)
Sabe do quê mais?
Agora me dou conta que não preciso mais escolher um tema!
O tema é a própria falta dele, entendem?
Eis que ao me permitir passear pelas muitas vertentes que a imaginação me presenteia, percebi a quantidade (e qualidade – às favas com a modéstia parte II ) das palavras que amarrei nesse desabafo.
Ah... Sinto-me satisfeito!
Engraçada essa manifestação cerebral que expus... Prova cabal de que até mesmo quando não sei escolher o que dizer, há o que ser dito!
Coitadinha da minha mãe... Agora que já acabei o que nem sabia que tinha iniciado e descobri essa aptidão de não fechar a matraca nem por poucos minutos, ela vai dormir com os ouvidos transbordando as minhas idéias.
domingo, 2 de agosto de 2009
Eu conto.
Existem momentos na vida de um homem que ele precisa tomar atitudes drásticas!
Não, caros leitores (eu os possuo?), eu não fui numa seita religiosa que prega o fim do mundo e incentiva/obriga seus discípulos a doarem até os dentes.
Tampouco esgotei minha caixa d’água de paciência com minha estimada sogra e a deixei ‘escorregar’ do 50º andar. (Sr. Escritor com carinha de criança traquina que quer aprontar...)
O fato é que depois de muito pensar, tomei senso de que as mulheres não sabem o que querem!
“Ora bolas, Sr. Desocupado que escreve bobagens, isso todo mundo sabe!” - é o que você, meu empolgante leitor, há de dizer.
Pois eu retruco: (adoro retrucar) as mulheres são umas loucas e eu tenho provas cabais desses distúrbios psíquicos, hormonais, culturais, menstruais e mais todos os ‘ais’ que possa atribuir ao seres escalafobéticos que qualificamos estupidamente de sexo frágil.
Tudo começou com a Ana.
Até aí tudo bem, tudo começa com ela mesmo. (te amo, mô! =D)
Eis que numa bela tarde de domingo, Ana me aparece toda carinhosa cheia de diminutivos fofos aos meus ouvidos carentes e me fez prometer minha singela companhia para um passeio no shopping na certeza (reitero: CERTEZA!) da compra de uma bolsa “linda, maravilhosa, perfeita, fashion, e que combina com aquele vestidinho que você adora, amor”.
Confesso que “o vestidinho que você adora” me influenciou.
E lá ‘fomos’ nós!
“Amor, eu vô até a banca enquanto você compra a bolsa, tá?”
“Nananinanão! Você prometeu que viria comigo!”
“Mas...”
E ela lançou aquele olhar que as mulheres com quem a gente se casa parecem aprender com nossas mães, repreendendo minha tentativa de decisão.
Cedi.
Chegamos a tal loja e uma moça simpática e disponível (como quase toda vendedora) veio nos atender.
Ana apontou pra bolsa como uma criança aponta pra um arco-íris de doces. Os olhinhos brilhando tanto que me fizeram sentir uma ponta de ciúmes daquele objeto inanimado com fivelas.
Minha postura?
De pé, dividindo minha atenção entre as dezenas de respostas diferentes pra pergunta que ela não se cansava de repetir (“Quê que você acha, gato?) e um vendedor que batia nas minhas costas me chamando de ‘amigão’ e perguntando se não iria levar nada pra mim.
Quando enfim, acreditei que tudo estava resolvido, que poderíamos pegar um cinema e relembrar a época de namoro, aconteceu o inesperado, o inacreditável, tudo aquilo que eu menos desejava naquele momento: ela avistou outra bolsa na vitrine!
“Aaaaahhh, amooorr... olha que liiinda!!”
(Sr, Escritor de dedos – inclusive os dos pés – cruzados rezando pra que fosse uma ilusão de ótica)
“Ah, gatinha... é quase igual... essa aí ta tão bonita...” – tentei.
Não teve escapatória ou reza que desse jeito!
Ficamos por mais de duas horas (festa pra ela, tédio pra mim) no meio de bolsas, carteiras, sandálias e toda essa parafernália que envolve o universo feminino.
Saí de lá me sentindo a Luluzinha,
No final das contas, voltamos pra casa com os bancos traseiros lotados de sacolas, um convite mais do que aceito (pro meu desespero!) feito pela vendedora através do gentil ‘voltem sempre’ e a certeza de que no que diz respeito a acessórios pra complemento da indumentária do mulheril, elas não tem certeza de nada.
Mas se bem que agora... depois de ver o sorriso lindo de felicidade no rosto da minha amada e receber um abraço/pulo no pescoço seguido de ‘você é o melhor marido do mundo’, eu até faço idéia de qual será o programa pro próximo final de semana.
E olha... não é que ela ficou mesmo linda?!?
Não, caros leitores (eu os possuo?), eu não fui numa seita religiosa que prega o fim do mundo e incentiva/obriga seus discípulos a doarem até os dentes.
Tampouco esgotei minha caixa d’água de paciência com minha estimada sogra e a deixei ‘escorregar’ do 50º andar. (Sr. Escritor com carinha de criança traquina que quer aprontar...)
O fato é que depois de muito pensar, tomei senso de que as mulheres não sabem o que querem!
“Ora bolas, Sr. Desocupado que escreve bobagens, isso todo mundo sabe!” - é o que você, meu empolgante leitor, há de dizer.
Pois eu retruco: (adoro retrucar) as mulheres são umas loucas e eu tenho provas cabais desses distúrbios psíquicos, hormonais, culturais, menstruais e mais todos os ‘ais’ que possa atribuir ao seres escalafobéticos que qualificamos estupidamente de sexo frágil.
Tudo começou com a Ana.
Até aí tudo bem, tudo começa com ela mesmo. (te amo, mô! =D)
Eis que numa bela tarde de domingo, Ana me aparece toda carinhosa cheia de diminutivos fofos aos meus ouvidos carentes e me fez prometer minha singela companhia para um passeio no shopping na certeza (reitero: CERTEZA!) da compra de uma bolsa “linda, maravilhosa, perfeita, fashion, e que combina com aquele vestidinho que você adora, amor”.
Confesso que “o vestidinho que você adora” me influenciou.
E lá ‘fomos’ nós!
“Amor, eu vô até a banca enquanto você compra a bolsa, tá?”
“Nananinanão! Você prometeu que viria comigo!”
“Mas...”
E ela lançou aquele olhar que as mulheres com quem a gente se casa parecem aprender com nossas mães, repreendendo minha tentativa de decisão.
Cedi.
Chegamos a tal loja e uma moça simpática e disponível (como quase toda vendedora) veio nos atender.
Ana apontou pra bolsa como uma criança aponta pra um arco-íris de doces. Os olhinhos brilhando tanto que me fizeram sentir uma ponta de ciúmes daquele objeto inanimado com fivelas.
Minha postura?
De pé, dividindo minha atenção entre as dezenas de respostas diferentes pra pergunta que ela não se cansava de repetir (“Quê que você acha, gato?) e um vendedor que batia nas minhas costas me chamando de ‘amigão’ e perguntando se não iria levar nada pra mim.
Quando enfim, acreditei que tudo estava resolvido, que poderíamos pegar um cinema e relembrar a época de namoro, aconteceu o inesperado, o inacreditável, tudo aquilo que eu menos desejava naquele momento: ela avistou outra bolsa na vitrine!
“Aaaaahhh, amooorr... olha que liiinda!!”
(Sr, Escritor de dedos – inclusive os dos pés – cruzados rezando pra que fosse uma ilusão de ótica)
“Ah, gatinha... é quase igual... essa aí ta tão bonita...” – tentei.
Não teve escapatória ou reza que desse jeito!
Ficamos por mais de duas horas (festa pra ela, tédio pra mim) no meio de bolsas, carteiras, sandálias e toda essa parafernália que envolve o universo feminino.
Saí de lá me sentindo a Luluzinha,
No final das contas, voltamos pra casa com os bancos traseiros lotados de sacolas, um convite mais do que aceito (pro meu desespero!) feito pela vendedora através do gentil ‘voltem sempre’ e a certeza de que no que diz respeito a acessórios pra complemento da indumentária do mulheril, elas não tem certeza de nada.
Mas se bem que agora... depois de ver o sorriso lindo de felicidade no rosto da minha amada e receber um abraço/pulo no pescoço seguido de ‘você é o melhor marido do mundo’, eu até faço idéia de qual será o programa pro próximo final de semana.
E olha... não é que ela ficou mesmo linda?!?
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