quarta-feira, 27 de maio de 2009

Minha.

"It's a friday, baby"
E eu me sinto tão mal
Tão despido, invisível, moderno, natural
"It's a payday, baby"
Desconsidere a razão
Nadando num copo de whisky
Pelo sim, pelo não

Só não me venha com 'talvez'
Que eu sou amante da praticidade
Não me fale do seu barco
Ou da tempestade
Que invade sua cama
Numa noite como essa
Quero te arrancar um sim
O resto não me interessa

Já é sábado, baby
"5 o'clock of morning"
Com você na cabeça e no telefone
Palavras de desejo
Expurgadas ao léu
Nessa farsa teatral
Represento o teu papel.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

É o que me interessa - Lenine

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

sábado, 23 de maio de 2009

Um pouco de drama.

Ruas escuras e molhadas
A chuva já passou
No relógio é madrugada
Mão no bolso
Fora da calçada
Pisando em poças
Pra espalhar a água
"I'm singing in the rain"
Sem destino certo
Sem conhecer ninguém
A fundo, no fundo
É fim de meu mundo
Ou metade do tal.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

d..b

Mais que isso - Ana Carolina.

Pra você ouvir tudo que eu quero dizer hoje.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

De tarde.

Espaço quadrado, retrato emoldurado
Não quero te olhar nunca mais
Verdade sagrada, parede pintada
Folhas de jornais
Silêncio indiscreto em voz de concreto
Denunciando assim
Mentiras sinceras em roupas modernas
Vitrine do erro de mim

Papel amassado, te jogo ao lado
Muito pouco pro que quero dizer
Te olho, comparo, te visto e saio
Sem certeza do que vou fazer
Essa vida, menina, te torna minha sina
Sou incapaz do teu não
Espero o momento, te conto em segredo
Segundos pra tocar tua mão

Me toma, me entende, digere, espera
O sabor considerar razão
Te torna meu elo que eu não desespero
No ensaio da solidão.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Conjuga-me.

Eu confio
Tu confias
Ele confia
Nós confiamos
Vós confiais
Eles confiam

Que bando de ingênuos, não?

sábado, 9 de maio de 2009

Seis milhões de zeros sorridentes.

Quando alguém indaga a sua sorte no amor, você recorre ao velho ditado no qual o jogo é o melhor substituto?
Que seja...
Dúvida: o contrário do ditado também é válido?
"Azar no amor, sorte no jogo"?
Se afirmativa a resposta, questiono:
Até quando é cabível de sustentação tal clichê?
Exemplifico: se um determinado sujeito briga com a namorada e em seguida faz uma aposta na Mega Sena, voltando a ficar numa boa com a garota duas horas depois da impressão do seu bilhete, então...
a)ele se dá bem com a gatinha e chega ao final do mês sem um tostão, ou
b)ele se dá bem com a gatinha e compra uma mansão com carro do ano na garagem no final do mesmo mês?

Até que ponto a sorte dura?
Voltar "às boas" com a namorada anula imediatamente a possibilidade de faturar aquela bolada histórica?
Ou a sorte perdura (tornando-se amabilísima) até a hora das bolinhas serem sorteadas?

Bem... eu não sei.
Mas só pra garantir já fiz minha jogada.
E amor... te ligo depois do sábado.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Baboseira.

Eu sei gargalhar.
E eu rio da sua cara.
Na sua cara.
E sabe o que é mais engraçado?
Você me levou a sério.

domingo, 3 de maio de 2009

Ai, ai... =)

Ela percebeu que estava
Já na porta do elevador
Se recusou a continuar
Deu meia volta no corredor

Decidiu que não iria mais
Nem na rua da desilusão
Fez desse fato um ritual
Pra abrir outra porta do coração

Dói assim
Um amor que vem, outro amor que vai
Ai ai ai ai ai
Pode ser a primeira vez
Ou última vez
Ai ai ai ai ai

Em algum lugar da boemia
Ele ali imaginou uma canção
Ao enxergar ela passar
Bebeu outro gole de ilusão

Feito um milagre naquele momento
Ele se cansou de olhar pro chão
Se recusou a lamentar
E abriu outra porta do coração

Dói assim, dói assim...
Ai ai ai ai ai.