domingo, 2 de agosto de 2009

Eu conto.

Existem momentos na vida de um homem que ele precisa tomar atitudes drásticas!
Não, caros leitores (eu os possuo?), eu não fui numa seita religiosa que prega o fim do mundo e incentiva/obriga seus discípulos a doarem até os dentes.
Tampouco esgotei minha caixa d’água de paciência com minha estimada sogra e a deixei ‘escorregar’ do 50º andar. (Sr. Escritor com carinha de criança traquina que quer aprontar...)
O fato é que depois de muito pensar, tomei senso de que as mulheres não sabem o que querem!
“Ora bolas, Sr. Desocupado que escreve bobagens, isso todo mundo sabe!” - é o que você, meu empolgante leitor, há de dizer.
Pois eu retruco: (adoro retrucar) as mulheres são umas loucas e eu tenho provas cabais desses distúrbios psíquicos, hormonais, culturais, menstruais e mais todos os ‘ais’ que possa atribuir ao seres escalafobéticos que qualificamos estupidamente de sexo frágil.
Tudo começou com a Ana.
Até aí tudo bem, tudo começa com ela mesmo. (te amo, mô! =D)
Eis que numa bela tarde de domingo, Ana me aparece toda carinhosa cheia de diminutivos fofos aos meus ouvidos carentes e me fez prometer minha singela companhia para um passeio no shopping na certeza (reitero: CERTEZA!) da compra de uma bolsa “linda, maravilhosa, perfeita, fashion, e que combina com aquele vestidinho que você adora, amor”.
Confesso que “o vestidinho que você adora” me influenciou.
E lá ‘fomos’ nós!
“Amor, eu vô até a banca enquanto você compra a bolsa, tá?”
“Nananinanão! Você prometeu que viria comigo!”
“Mas...”
E ela lançou aquele olhar que as mulheres com quem a gente se casa parecem aprender com nossas mães, repreendendo minha tentativa de decisão.
Cedi.
Chegamos a tal loja e uma moça simpática e disponível (como quase toda vendedora) veio nos atender.
Ana apontou pra bolsa como uma criança aponta pra um arco-íris de doces. Os olhinhos brilhando tanto que me fizeram sentir uma ponta de ciúmes daquele objeto inanimado com fivelas.
Minha postura?
De pé, dividindo minha atenção entre as dezenas de respostas diferentes pra pergunta que ela não se cansava de repetir (“Quê que você acha, gato?) e um vendedor que batia nas minhas costas me chamando de ‘amigão’ e perguntando se não iria levar nada pra mim.
Quando enfim, acreditei que tudo estava resolvido, que poderíamos pegar um cinema e relembrar a época de namoro, aconteceu o inesperado, o inacreditável, tudo aquilo que eu menos desejava naquele momento: ela avistou outra bolsa na vitrine!
“Aaaaahhh, amooorr... olha que liiinda!!”
(Sr, Escritor de dedos – inclusive os dos pés – cruzados rezando pra que fosse uma ilusão de ótica)
“Ah, gatinha... é quase igual... essa aí ta tão bonita...” – tentei.
Não teve escapatória ou reza que desse jeito!
Ficamos por mais de duas horas (festa pra ela, tédio pra mim) no meio de bolsas, carteiras, sandálias e toda essa parafernália que envolve o universo feminino.
Saí de lá me sentindo a Luluzinha,
No final das contas, voltamos pra casa com os bancos traseiros lotados de sacolas, um convite mais do que aceito (pro meu desespero!) feito pela vendedora através do gentil ‘voltem sempre’ e a certeza de que no que diz respeito a acessórios pra complemento da indumentária do mulheril, elas não tem certeza de nada.
Mas se bem que agora... depois de ver o sorriso lindo de felicidade no rosto da minha amada e receber um abraço/pulo no pescoço seguido de ‘você é o melhor marido do mundo’, eu até faço idéia de qual será o programa pro próximo final de semana.
E olha... não é que ela ficou mesmo linda?!?

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