domingo, 21 de junho de 2009

Um (nada) doce diálogo.

-E então... pensou em minha sutil (como elefante) proposta?
-Sim...
-"Os miseráveis não tem outro remédio senão a esperança." - Willian Shakeaspeare.Com minha singela aprovação.
-Ooh God... É apelar demais. (risos)
-"Apelar"? Essa doeu.
-Estou falando em relação ao Willian Shakeaspeare. Ele é perfeito. Bom... preciso ir. Até já discuti com minha mãe.
-E minha resposta? Ou qualquer resquício dela...linda. Tão linda que eu se eu pudesse chamá-la minha, ao menos por segundos, seria feliz o suficiente para mantê-la em minha memória eternamente. (Não é Shakeaspeare. Sou somente eu.)
-Eu sei que você é capaz disso e muito mais.
-Leio isso como um sim?
-O que eu direi?
-Não peço muito, você sabe. Concorde com o pouco que espero e vejamos quão maravilhosa a felicidade pode se mostrar nos minutos em que estivermos à sós.
-Eu... tenho que ir.
-Eu não vou viver pra sempre.
-Eu menos.
-Não me deixe no vão da incerteza. Isso até eu sei que não mereço!Você... não quer... é isso?
-Não parece certo... Depois nos falamos.

E deu-me beijos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Advérbio de intensidade.

Mais uma tarde na eternidade dos seus olhos em mim
Mais uma metade dessa perfeita verdade sem fim
Mais um horizonte de primavera banhando minhas canções
Mais do que duas esferas protagonistas destas emoções

Mais que dois amantes esperando pelo doce do pecado
Mais que diamantes dos pescoços arrancados
Mais que as virtudes no coração do pecador
Mais, muito mais do que se pode traduzir pela palavra amor

Mais do que a procura vã pela boca ausente
Mais do que o calor dessas noites que meu corpo sente
Mais do que a loucura de ver razões correndo atrás de sentidos
Mais do que as delícias que me sussurram aos ouvidos

Mais do que o inesperado que me espera nessas ruas
Mais do que as tuas avenidas, bairros, vielas e luas
Mais do que o desejo de poder te desejar livremente
Mais que esses olhares curiosos estudando a gente

Mais do que as manhãs que ainda estão por vir
Mais do que tuas broncas que ainda hei de ouvir
Mais do que os carinhos que tuas mãos me doarão
Mais que as batidas descompassadas do meu coração

Mais que a saudade da amada do soldado em combate
Mais que o devaneio dos indesejados embates
Mais que o arrependimento por tanta insensatez
Mais que os disfarces ruborizados, reforçando a timidez

Mais que os absurdos do planalto
Mais do que a contemporaneidade do asfalto
Mais do que a liberdade dos nossos sonhos
Mais do que as histórias que te proponho

Mais do que qualquer outro conto real
Mais do que todo esse teu charme natural
Mais do que as verdades que eu sempre alcancei
Mais do que as mentiras que eu nunca contei.